2011: O ano do menos é mais
Chega o final do ano e acredito na importância de aprendermos com nossa caminhada.
Por este motivo, escolhi refletir durante este mês de dezembro.
Sobre o passado. O presente. O futuro.
Sobre 2011. Sobre 2012.
Este ano foi bem diferente do que o primeiro do Viver Mais Simples.
Menos euforia, mais preocupação com a sustentabilidade de minhas escolhas. Mais lucidez e foco.
Foi um ano de novas mudanças, mas de uma natureza diversa. Um ano com alguns momentos bastante sofridos, mas muito autoconhecimento.
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Meu balanço é o seguinte:
Foco no trabalho
Comecei o ano ainda embalada pela recém-descoberta do empreendedorismo. Criei (e abandonei) um plano de negócios ambicioso. Fiz alguns experimentos. Tive muitas ideias.
Mas fui praticando também. E a prática me ajudou com o foco.
Reorganizei meu prato, focando na minha habilidade principal, a organização de ideias.
Lancei o projeto Odisseia com minha parceira Érica, navegando por várias formas de atuar. Ao todo foram nove eventos. Quase 100 participantes. Quatro modelos de trabalhar: a palestra, o workshop, o mini-workshop e a jornada. Nossa estreia no mundo corporativo.
Um ano de muito aprendizado.
Também inaugurei uma nova parceria, o Onionvation. Explorando a veia de criatividade propiciada pelo novo caminhar, somada à amizade e parceria já antigas com Gian Taralli.
Também enveredei por praias novas. Aprendendo com startups de tecnologia. Conhecendo um pouco mais da Economia Criativa e cenário cultural do Rio de Janeiro…
Aprofundando a verve empreendedora através de novas amizades e parcerias.
Um ano de muito plantio.
O dinheiro de cada dia
Este foi um ano importante na restruturação das finanças. A reserva prevê fôlego para mais quatro anos, mas este ano já consegui igualar receita com despesa na Nutshell Estratégia e fechar no azul. Ainda há um buraco de excelentes erros cometidos em 2010, mas nada grave.
Claro, agora falta igualar as minhas despesas pessoais com a minha receita. Mas estamos caminhando para isso…
Continuei enxugando despesas, cortando parte do apoio doméstico. Revendo gastos com atividades de ancoragem, sendo mais inteligente nas compras.
Não deixei de viajar, fazendo escolhas conscientes e entendendo o impacto sobre minhas economias.
Ainda preciso melhorar com a tentação dos restaurantes, mas no geral fui mais frugal e estou contente com isto.
Amigo é coisa para a gente guardar
Este ano foi de menos espalhafato. Gradualmente me recolhi mais. Recebi menos visitas, procurei menos encontros. Evitei multidões, mega-eventos, grandes reuniões.
Por outro lado, aprofundei laços com amigos antigos, com quem cultivei um contato mais íntimo e próximo.
Também explorei algumas novas amizades que fizeram a diferença.
Família, família
Foi um ano de momentos difíceis. Grandes encontros. Grandes desencontros. Um período extremamente difícil no casamento, felizmente superado.
Foi desafiador enfrentar dois filhos pequenos, mas consegui avançar, com o auxílio luxuoso da Roda de Mães e a parceria com meu marido.
Saio mais lúcida, tentando entender os limites de cada um e aceitar. Trabalhando expectativas, lidando de formas inusitadas com a complexidade familiar.
Mais uma vez, o foco foi o casamento e as crianças.
Além de um reencontro sensacional com meu irmão Bernardo e sua família, coroado na viagem à Europa em outubro. Um real presente.
Cuidar de mim
Fiz experimentos, buscando equilibrar as finanças. Revi o pilates, Vigilantes, drenagem. O saldo? Paguei um preço. Quilos a mais…
Por outro lado, descobri a Dança Brasileira, que veio para ficar. Também aprofundei-me em terapias alternativas que me ajudaram em muitos sentidos.
Mas o ano que vem requer mais disciplina com os exercícios e a alimentação.
Este ano de construção pediu seu preço.
No final, sinto uma nova força. Ainda não compreendo todas as transformações que vivi, mas uma nova qualidade permeia minha jornada. Um sentimento de mais contenção e ao mesmo tempo de mais alicerce. Um desejo de estar mais comigo, ao mesmo tempo que sinto um amor profundo pelos outros.
Paz. E inquietude.
O que virá por aí ainda é mistério, mas estou mais preparada.
Obrigada, 2011.