Viver Mais Simples

2016: Balanço das vontade-frouxas

Hoje é o aniversário de sete anos do Viver Mais Simples.

Nenhum dia seria melhor para fazer avaliação das “vontades-frouxas” de 2016, registradas aqui neste texto: O ano de voar.

2015 tinha sido um ano especial. Avanços em todas as áreas e um marco financeiro: pela primeira vez paguei todas as minhas contas com “dinheiro novo”, do trabalho pós-corporação.
Estava inflada com o sonho do Voe, otimista (e ainda achando que 2015 é que tinha sido o ano de crise…)
Contrastando os planos com o que de fato aconteceu, é curioso ver que muito se cumpriu de um jeito totalmente imprevisto. E, como sempre, muitas vontades-frouxas seguem como estrelas para o próximo ano, num texto que prometo para o dia de meu aniversário, 3 de janeiro…
O que aconteceu:
1) Seguir na construção e fortalecimento da “Torre”: onde progredi mais, mesmo que de forma totalmente diferente do esperado.

A “Torre” da família mudou de forma. Separei-me em junho e agora temos duas casas, duas famílias. O casamento transmutou-se em amizade e vi o valor de nosso esforço ao publicar um post no Facebook, no dia do aniversário do Lucrécio.

Foi um dia simbólico: presenteamos as crianças com dois pingentes feitos com as nossas alianças. A repercussão foi tão grande que passei o final de semana digerindo muita emoção.  Mas certa de que, mesmo em “castelos” diferentes, o legado de vinte anos é terra firme para meus (nossos) filhos.

Os planos objetivos se cumpriram: passei mais tempo com as crianças e agora, tenho ainda mais foco com a guarda compartilhada.  Fizemos aula de costura, participei da vida escolar, fiquei atenta ao que era preciso (“o olho que tudo vê”, como disse o Léo).

O fortalecimento da aliança conjugal não se concretizou, mas a separação foi um exercício de companheirismo e compaixão mútua. Na venda do que precisava ir. Na partilha do que ficou. No apoio à adaptação de cada um à nova rotina e à nova casa.

Usei os aprendizados do livro de Marie Kondo , alavancada pela oportunidade de começar do zero em um apartamento vazio. O novo lar está enxuto e bem organizado. A energia flui e tudo está no seu lugar.

Viajamos para Abadiânia, Pirenópolis, Goiás Velho e Inhotim. Passamos temporadas maravilhosas na Praia de Carapebus, no Carnaval e Semana Santa e fechamos com chave de ouro, numa viagem para a Disney em agosto, despedida da velha estrutura familiar. Outro momento mágico foram as Paralímpiadas no Rio.

2) Cultivar a Saúde Física: cheguei na metade do caminho, mas progredi bastante.

Emagreci alguns quilos, mas desisti do Vigilantes e estou longe do peso feliz…

Fiz check ups, mas os exames estão pendentes. A  fisiatra ficou para o futuro…

Voltei a usar lentes, em ocasiões especiais.

E sim, segui firme no Pilates, Homeopatia e Acupuntura!

3) Cuidar do meu feminino: aqui enorme progresso, de uma forma novamente inesperada.

Sustentei rituais de mulher mais prosaicos (manicure, etc).

O emagrecimento não veio (ainda), mas estou mais bela, fiz uma geral no guarda-roupa e acertei o estilo.

O principal movimento, no entanto, foi conhecer o livro “Mulheres que Correm com os Lobos“.  (Re) tomei contato com a minha “mulher selvagem”, numa camada muito mais profunda do que havia previsto.

As atividades “coralinas” foram fundamentais para isso: costurei muito, fiz meu primeiro curso do Bordado Mágico, escrevi poemas, recebi amigos em casa, cozinhei um pouco mais… E me apaixonei por histórias, com o auxílio luxuoso das magas da Oficina Escola de Arte Granada.

Aqui também destaco a reconexão com amigas, em diversos encontros e uma viagem incrível para a FLIP, em Paraty, com a voadora Daniela Belmiro.

4) Realização através do trabalho: aqui foi ano de aprofundamento e criar um corpo mais focado e consistente.

O Odisseia: foi um ano de amadurecimento. Menos eventos, porém maior potência.

Celebramos os cinco anos do Odisseia com uma festa inesquecível.  Fizemos workshops corporativos belíssimos para a Coca-Cola, a Reserva, Vistage, Bambini e a Millward Brown. Testamos novos formatos, criamos novos conteúdos e práticas. Estreamos na Laje com o RenovAção, um trabalho inédito que nos deu muita satisfação.

Fizemos dois encontros de final de ano muito especiais, criamos parcerias promissoras e estamos com muito foco e coragem para prosseguir no plantio.

Estabelecemos um ritmo de reuniões, criamos uma apresentação institucional, estamos prestes a reinaugurar nosso site, com posicionamento atualizado.

Os planos para 2017 está repleto de ações afirmativas. Fizemos as escolhas necessárias para realizar nosso sonho de ajudar mais e mais pessoas e empresas com muita Responsabilidade, Confiança e Gentileza.

Organização de Ideias: novamente, um ano onde a qualidade sobrepujou a quantidade. Recebi clientes maravilhosos e fecho o ano banhada num senso de realização profundo. Lancei o novo site, ainda em fase de aperfeiçoamento.

Não consegui fazer projetos em grupo, mas o Voe ocupou este espaço.

A principal frustração foi com o blog Viver Mais Simples: a avalanche na minha vida pessoal não permitiu cumprir a meta de dois posts semanais. Sei que estou sendo rigorosa comigo, mas foi o ano em que menos escrevi. Um terço a menos do que queria.

Tive percalços tecnológicos, perdi leitores e “cobertura”. Mas consegui usar a plataforma Medium e vou cuidar melhor deste patrimônio de mais de 700 textos em 2017.

O projeto do livro viver Mais Simples é um plano ainda sem data, mas segue no coração.

 

O Voe: cumprimos o plano de fazer o evento de São Paulo, em janeiro. Realizamos oito MiniVoes. O preço, porém foi alto.

Ousei muito com o evento de São Paulo: vinte impulsionadores, muita intensidade e beleza.Mas teve o custo foi além do (pesado) investimento pessoal em dinheiro. Passei alguns meses me recuperando da energia dispendida.

Depois, após algumas tentativas frustradas, conseguimos realizar MiniVoes na Casa Anitcha e o projeto Inove-se na Laje.

Foram momentos de nutritivos e de grande expansão.

No final, aprendi que é um projeto de grande força transformadora, mas onde ainda é preciso encontrar um modelo sustentável energética e financeiramente. O Voe está portanto esperando eu fortalecer minhas próprias asas e segue com um projeto mais esporádico.

Argo: aqui a decisão mais dura de todas. Após mudanças no sistema SEBRAETEC, descobrimos as vulnerabilidades de nosso modelo de negócios. Fizemos ajustes, mas não conseguimos emplacar nenhum projeto. Eu também já havia percebido que não conseguiria sustentar a Argo dentro das minhas frentes de trabalho. Em setembro, após vários experimentos, decidimos encerrar a parceria. Caio segue solo, como designer talentoso. Mas a Argo não existe mais como havíamos planejado.

5) Desenvolvimento profissional e pessoal: aqui, um ano de escolhas difíceis e conquistas importantes. Meio a meio, eu diria.
O projeto de fechar a pendência do exame oral e ser mais atuante na ICF não se concretizou. Não coube neste ano de tantas despedidas e transições.
Fiz vários cursos interessantes, mas os que mais marcaram foram o trabalho Biográfico com Marcus Baptista, os dois Workshops dos Sonhos com Adriana Ferreira e o Grupo de Estudos de Mulheres que Correm com os Lobos.
Quero também honrar a Prática Somática com Isabela Prince; vários workshops na Laje, entre eles o Lego, com a amiga de velha data, Márcia Penna; o Bordado Mágico, um curso sobre Família no Talk of the Town com a sócia-irmã Érica e o Workshop de Intenções com Zeneide Jacob Mendes.
Cultivei meu lado criativo, testando linha, agulha, aquarela…
Mas este foi o primeiro ano desde 2011 em que faltei o WDS. E imagino que não irei em 2017. Ajustes necessários em tempos incertos, mas foi difícil escolher este caminho.
Num olhar em retrospecto, praticamente todas as vontades-frouxas foram alcançadas. A saúde precisa de mais atenção e houveram reviravoltas profissionais e pessoais. Mas um ano de boa colheita e ainda melhor plantio. Há o que vai ficar para o ano que vem. Há o que não tem prazo.
Mas avancei. Cada dia honrando mais o anseio por “viver todos os meus talentos”.
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