Sim, ando mais econômica na escrita.
Até hoje, quando fui chamada á realidade de que tenho escrito pouco por aqui e isto faz falta.
Faz falta a mim. Faz falta a outros.
Meu texto é minha vida transformada em voz. Voz que não pertence só a mim, mas também a vocês.
Surpreendi-me.
Preciso escutar mais a minha voz, pensei. E me escuto melhor por escrito.
Tentemos então. Timidamente. Palavra a palavra.
E agora já não falo de mim, mas de nós. Todos em busca dessa voz que fica muda no peito, esperando uma fresta.
Nossos sonhos mais ousados. Nosso grito de liberdade contido.
Tudo habita este corpo alado que todos temos.
Mas precisamos ouvir este chamado.
Cada um do seu jeito, todos temos uma forma de expressar o canto sagrado escondido no coração.
Uns pintam, outros bordam.
Uns constroem, outros reinventam.
Todos podem.
Todos podemos.
Ouvir.
Esta voz maior que nos move.
Palavra a palavra, busco meu reencontro com a curativa rotina de escrever.
E convido todos, agora e bem alto a reclamar seu direito.
De se ouvir e ser ouvido.