Amor alheio

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Às vezes, sinto-me uma flor murcha.
Então reencontro meu amor.
E ele me refresca o coração.

Outras, esqueço mesmo quem sou.
Até ouvir histórias de meu pai, mães, tios.
E reencontrar meu fio.

Sinto tristezas, calafrios.
Medos diversos, mau-humores.
Dores de cabeça reais e imaginárias.
Sinto-me só, chata, um pouco louca.
Ou mesmo, não sinto nada.

Eles, sempre eles, me acolhem.
Meus amigos. Meus filhos. Meus irmãos.  Meus queridos.
E assim, amada, fico bem calma.
Grata.
A vida se revela no desvelo alheio.

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