Hoje meu filho mais velho faz sete anos.
Lembro-me, emocionada, de meu aniversário como mãe.
Invoco este amor profundo, doído, que me deixa vulnerável como se suspensa sobre o abismo.
O afundar-me maravilhoso em amor sem medida, incondicional, amor que mal cabe no peito da gente, mas cabe.
Lucrécio Brasil |
Sentir este amor, viver este amor… Evoca em mim outros muitos amores que trago em mim.
Amor redescoberto. Amor escondido em nosso dentro, reflorescendo após tempestade, pacto antigo reinventado.
Amores adormecidos em silente espera. Por um melhor momento, nutridos na esperança de fazer sentido novamente, de proximidade, de entendimento.
Amores de gratidão cultivada por anos de convívio e construção.
Amor por nós, pela imperfeição temida, pelo possível de cada um.
Cada amor tem seu tempo, seu expressar no mundo. Alguns mais possíveis, outros difíceis e doloridos.
Amor que dá sentido à jornada, que dá sabor ao caminho.
Amor é simples. Amor é o que move neste mar revolto.
“Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida”
Carlos Drummond de Andrade