Caronas

 Em solidariedade, vida pedestre

Viver mais simples é também enxergar o grande no pequeno, a beleza no cotidiano. E ser grato. Eu hoje estou grata por um par de coisas, mas quero falar das caronas.
Ao escolher ser pedestre, quis experimentar o extremo de não ter carro. Já passei quinze dias sem entrar num veículo motorizado desde então… E não me queixo, muito de minha vida é resolvida em alguns passos. O que não dá, faço por metrô ou táxi, beneficiada pelas tarifas camaradas do Rio.
Mas também recebo muitas caronas. Ontem recebi duas, com um fato em comum: não pedi por elas, meu destino não era o destino dos motoristas generosos que a ofereceram… E fiquei mais agradecida ainda porque ontem estava meio mole, indisposta mesmo.
O bonito da carona é que ela pode ser um resumo de muitas coisas boas: um gesto de amor ao meio ambiente, claro. Uma ajudinha para quem tem bagagem (com dois filhos, sempre me encontro nesta categoria). Um prolongamento do bate-papo (ou antecipação). E um gesto de desprendimento, já que tempo é bem precioso e o trânsito não anda lá estas coisas.
Obrigada, Érica. Obrigada, papai e Marília. É uma honra ser merecedora do seu tempo, seu afeto e sua gasolina!

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  • Patricia
    Responder

    Lendo seu post, lembrei-me de uma variante da carona motorizada. Acontece muito comigo aqui, em Icaraí, minha aldeia. Nota: Icaraí é uma aldeia no melhor sentido da palavra, onde quase todos se conhecem e até com desconhecidos existe tempo para um papinho de passagem. Voltando… carona emocional. Acontece muito comigo de estar andando pela rua e ter rápida trocas com pessoas que talvez não volte a encontrar. Exemplo: outro dia, fui abordada por uma senhora que me perguntou se eu frequentava a Igreja de São Judas Tadeu. Eu disse que não, embora tivesse sido consagrada ao santo, por obra de um pai rubronegro fanático. Nota: já perdoei, tá Dr Zé?, principalmente agora que meu neto vai ser atleta do Fluminense. E São Judas é bem legal.
    Voltando de novo… o santo deu ensejo a um papo de uns dez minutos, onde acabamos falando da vida e saímos as duas emocionadas, ela para a igreja, eu de volta pra casa. A alma às vezes também pede carona…

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