O peito está soterrado.
Sinto uma neblina espessa cobrindo as esperanças.
Pergunto a minha ciranda de mulheres sábias: o que fazer para atravessar.
Recebo com gratidão sua sabedoria:
- Dedicar energia para mudar o mundo lá fora, através do trabalho, da prática da compaixão, da educação.
- Cuidar aqui do dentro, no corpo físico e na alma.
- Cercar-se de gente amiga para partilhar sonhos e viver as dores e alegrias da vida.
- Estudar, aperfeiçoar-se, melhorar-se.
- Ser verdadeiro, inteiro.
- Pedir por paz. Meditar, desapegar, silenciar.
- Buscar o essencial em todas as coisas, vigiando o superficial e desimportante.
- Desconectar-se da televisão, das mídias e outros ladrões de energia.
- Poesia, arte, curiosidade
- .Buscar alento na Natureza e em Deus.
A partir destes presentes, desenvolvi minha lista pessoal:
– Ser mãe atenta e zelosa, sem deixar meus filhos aprisionados no meu amor
– Buscar ser uma esposa mais compreensiva e paciente
– Almejar relações mais gentis e amorosas com meus pais e irmãos
– Trabalhar com afinco e amor
– Cuidar de meu corpo e de minha alma através de minhas práticas do dia a dia.
– Costurar
– Investir no Voe como espaço seguro e encorajador de transformação pessoal
Ainda posso fazer mais: desligar-me das mídias sociais, respirar, ajudar mais ao próximo.
O principal, aprendi, é manter o foco em pequenos gestos de responsabilidade pessoal, para dentro e fora de si.
Assim imagino atravessaremos esta e outras crise. Um passo de cada vez, com nossas próprias pernas.
Vamos em frente, com o coração manso e de mãos dadas.