Cultivando o ímpar
Volta e meia, o mesmo argumento: “mas mãe, todo mundo pode menos eu”. Esta discussão eterna entre pais e filhos é sempre uma oportunidade para rever valores (dos pais), é claro. Mas acredito que o desafio de não ter o que todos tem agora, se suportada por uma boa intenção, vai compensar no futuro. Educar não é para preguiçosos nem distraídos, diz a terapeuta de família Lidia Arantagy. E sigo eu, contra a corrente de ceder ao sorveteiro inescrupuloso que oferece picolé todo dia na pracinha. Para as crianças, não para os pais! Ou ceder á comodidade da babá eletrônica TV (que eu adoro, veja bem!), mas sem considerar a inadequação etária e/ou filosófica de desenhos como Naruto e outros, especialmente no Cartoon.
Abre parêntesis: como apoio nesta tarefa inglória, uso os serviços do site Common Sense, onde estão disponíveis avaliação de conteúdos na TV, cinema, internet. Claro, é site americano, portanto exagera no politicamente correto. Mas além da indicação etária, eles descrevem com riqueza de detalhes as características do produto em questão, ajudando a formar nossa opinião. Mais uma dica infalível de meu compadre Luiz. Fecha parêntesis.
Para combater o cansaço, penso no meu próprio exercício pessoal de aprender a ser fora da curva em várias coisas, mesmo causando espanto ou crítica. Quem sabe, treinando desde cedo, meus filhos se acostumarão a questionar se o que é bom para todo mundo é bom para eles. Assim espero.
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Assino em baixo, aplaudo de pé e chego à doce conclusão de que os meus esforços na mesma área, em que pese o não convencionalismo da minha maternidade, estão sendo recompensados. Como disse o nosso amigo Fernando: "tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
"estimulamos nossas crianças a pensar por si mesmas, a pensar diferente e a pensar nos outros".
Tá no mural da Meimei Escola, da Clara