Encontre o seu ritmo

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Escrevo fora de hora, porque não posso dormir…
Hoje fui à terceira aula da Oficina de Danças Brasileiras com minha nova mestra, Juliana Manhães.
Estou toda desperta. Meu coração bate no balanço sensual do lundu, da energia do frevo, do transe do afoxé.  Meus pés sentem falta do chão. Meu corpo palpita inteiro, vibrando com o ritmo de minha terra, de meu povo, de minha música ancestral. O meu ritmo.

http://www.flickr.com/photos/mairasoares

O mais bonito é que qualquer um pode sentir este mesmo arrebatamento que me consome agora.  Não é preciso saber, experiência, nenhum conhecimento de dança ou música.
Só é preciso estar vivo e ter sangue fluindo pelas veias, já que é através do pulso que  Juliana  nos ensina. Conectando o pulsar da música com o nosso pulsar, de forma espontânea, intuitiva mesmo.
O amor dela pela música e pela dança nos guia por caminhos novos, deliciosos. Estamos tão vivos!
Qualquer um pode brincar. E brincar inunda minha alma de um sentimento novo de estar inteira e em paz.
No dia a dia, nos encaixotamos.  Prendemos nossos pés em sapatos apertados. Usamos roupas contidas. Deixamos nosso corpo esquecido, dormente, apagado, desmaiado.
Nosso corpo que foi feito para esticar-se, retorcer-se. Requebrar, pular e brincar.
Nosso corpo e nossa alma, para dizer bem a verdade.
Estou inebriada pela força insuspeita do selvagem guardado em mim.  Nada de pensamento, razão ou plano.
Comecei despertando o dedinho do pé, num dos incríveis alongamentos de Juliana.
E agora estou desperta no mais profundo nível de existir como gente.  Toda eu danço. E nem sabia dançar…
Juliana me ensinou: qualquer pessoa tem ritmo dentro de si.
Qual é o seu?
Se quiser descobrir um pouco mais deste trabalho, venha com a gente para Cinelândia, 20:30h, no dia 3 de agosto.
Ou conheça mais do trabalho de Juliana AQUI

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Showing 2 comments
  • JolieLaide
    Responder

    Leticia, seu texto me comoveu. Tenho a minha bagagem nos ritmos da vida e me identifiquei com tamanha efervsecência que borbulha nas suas palavras, quando descreve a sensação de encontrar o ritmo de cada um.
    Compartilhei no facebook com as devidas referencias à quem escreveu, pois acho que sentimentos assim devem ser espalhados pelo universo, devem ser plantados no coração de cada um que cruza as nossas vidas e até os que porventura passem do outro lado da calçada.
    parabéns. 🙂

    Vitória Cherfên

  • Leticia Carneiro da Silva
    Responder

    Vitória,
    Muito obrigada por compartilhar como o texto te impactou. Escrevo para isso: dividir meu coração com o outro e receber um pouco do coração alheio também…
    Obrigada!

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