“Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.”John Kennedy
Esta época do ano é um chamado para mudanças na vida: perder peso, encontrar um trabalho novo, conhecer o grande amor. Sonhos de todas as cores e tamanhos.
Como transformar estes desejos em realização? Como transformar o que não nos serve mais em algo novo?
Não sei a resposta exata, mas venho experimentando algo que em geral é subestimado ou abertamente combatido: Abraçar a crise.
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O que é crise?
Uma rápida pesquisa no Google mostra dois sentidos básicos: o grego e o latino.
Aparentemente os gregos tinham uma visão mais positiva da palavra (estado de mudança; decisão; solução; determinação; julgamento) versus a língua latina (ruptura; término; separação).
Eu prefiro o otimismo do sentido grego. Afinal, crise é aquele momento crucial onde podemos decidir o próximo passo transformador. Na crise reside a chance de mudarmos nosso caminho para reconstruir nossa realidade. Rever o que incomoda, renovar-se.
Crise é aquela hora da verdade, onde não dá mais para procrastinar, fingir que não vemos, seguir na inércia.
E todos sabemos que situações de infelicidade ou desconforto podem ser uma bomba-relógio esperando a explosão final.
O casamento que está morno. O trabalho desmotivado. A saúde em segundo plano.
Situações onde manter o status quo é provavelmente uma ilusão. Se não tomamos as decisões necessárias, mais adiante podemos ser atropelados por uma separação, uma demissão ou uma doença.
A pergunta é: esperamos esta crise inevitável ou podemos antecipá-la?
Eu tenho escolhido abraçar a crise, antes de ser engolida por ela. E estou satisfeita com os resultados.
Antes que ficasse muito doente ou explodisse de estresse, pedi demissão de um emprego “dos sonhos”.
Antes que meu casamento implodisse, pedi a separação. Após seis meses, começamos um casamento novo, alimentado pelos aprendizados do tempo em que estivemos afastados.
Meu trabalho é uma contínua crise, alavancados pelo conceito de “lean start up“: Erros excelentes. Experimentos que podem se tornar produtos e serviços, ou não. Estudar e constantemente rever caminhos com a colaboração preciosa de meus parceiros Gian e Érica.
E até minha maternidade é constantemente reavaliada com o auxílio luxuoso da Roda de Mães.
Convido todos vocês a abraçarem sua própria crise em 2012. Corajosamente.
Para ajudar, segue uma pequena lista de perguntas organizadoras de ideias:
Geral:
Gerando a crise: Se eu tivesse um ano de vida, o que eu priorizaria fazer?
Enfrentando a crise: Escolher uma destas coisas para fazer (ou começar) até março de 2012.
Trabalho:
Gerando a crise: Se eu tivesse dinheiro à vontade, estaria neste emprego/trabalho?
Enfrentando a crise: Marcar um encontro com alguém que tem um emprego/trabalho que eu gostaria de fazer ou que possa me ajudar a continuar no que já estou fazendo.
Amor:
Gerando a crise: Como eu me sentiria se meu(minha) parceiro(a) me deixasse?
Enfrentando a crise: Um programa a dois diferente, para reaquecer a chama. Ou um programa comigo mesmo(a), para lembrar como era estar solteiro(a).
Para fechar, uma reflexão famosa sobre a crise, de Albert Einstein.
E a pergunta: que crise poderia te ajudar a ter um 2012 melhor?