Viver Mais Simples

Esqueça tudo o que te ensinaram no MBA… Ou não?

Falei no último post de “Rework“, um dos meus atuais livros de cabeceira. Gosto de duas coisas nele: os capítulos são curtinhos (duas páginas no máximo) e o caráter provocador. Claro, muita coisa eu achei bobagem, superficial. E eles sacrificam exemplos para ser concisos. Mais algumas coisas fazem um contraste com o que costumamos ouvir por aí, o que sempre oxigena o cérebro:


Alguns capítulos favoritos:
Enough with entrepreneurs“: basicamente eles questionam o conceito de “empreendedor” e propõem o de “starter“.  A diferença: é menos pretensioso, mais simples. Cada um de nós pode ser um “starter“. Não parece menos intimidador?
No time is no excuse“: aqui discutem a gestão efetiva do tempo. Tema muito explorado, mas eles são nada condescendentes (aliás, nunca são) e isto dá uma sacudida…
You need less than you think“: a Nutshell é o maior exemplo. A empresa começou a funcionar antes de ter contador e identidade visual. Ainda não tenho cartão (a caminho) e decidi criar um blog como site provisório, até ter tempo para fazer o site (minha prioridade do momento é trabalhar nos projetos). E assim caminhamos. O que leva a:
Planning is guessing“: nada de planos mirabolantes de longuíssimo prazo. Eles furarão. Mas sim, tenhamos planos exequíveis e uma visão de futuro. Por exemplo, ter um site bacana em 2011…
Toda seção “Progress” é muito boa, mas o  capitulo “Be a Curator” resume o que é importante em tempos de excesso: 

It’s the stuff that you leave out that matters. So constantly look for things to remove, simplify and streamline. Be a curator”

Eu decidi ser uma curadora de insights.  Posso resumir a Nutshell em três capítulos:
1) Fazer as perguntas certas para descobrir o pouco óbvio;
2) Escrever o que aprendemos de forma precisa, para tangibilizar de forma ótima o conteúdo;
3) Ajudar a construir um plano de ação, para não ficarmos navegando em ideias a esmo…
But I digress… Voltando ao livro:
Focus on what won’t change“: correr atrás da inovação é um exercício ingrato. Vivenciei esta frustração por anos no mercado de bens de consumo. Mas trabalhar com o que sempre será necessário é uma tarefa muito mais gratificante.  Eu trabalho com “ajudar visionários a frutificar, sendo felizes”. Tenho certeza que sempre haverá esta necessidade, vocês não acham?
Illusions of Agreement (ou uma frase que achei ainda mais forte: Get Real!): Fazer reuniões de planejamento e falar de problemas abstratos não constrói a realidade. Sim, é preciso debater. Mas reservar mais tempo para o fazer pode ser bem poderoso.  Está sendo assim com o projeto com a Mobile Factory. Conversamos um pouco, fazemos muito. Pensamos o projeto, o produto já está quase pronto. Já prospectamos e marcamos uma reunião para lançar a ideia. Discutimos a apresentação e já vamos fazendo. Em um mês, contamos para o bairro nossos planos. Em três, estaremos na rua!
Long lists don’t get done: eu sou a rainha das listas. E agora aprendi… Reduzir longas listas ao mínimo necessário. Não consegui chegar a dez itens como eles apregoam, mas atingi o máximo três por área da minha vida (vocês lembram? Eu, Kids, Nós, Nutshell, Casa e Viagens).   Veja a evolução do novo quadro de post its:

Demais capítulos a ser comentados quando eu chegar lá…
Não se convenceu? Pelo menos assista ao vídeo de divulgação, é bem engraçado…
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