Está com raiva? Peça desculpas

 Em atitude, protagonismo

Dentro de mim, carrego um vulcão.
Este vulcão é bom para um monte de coisas. É um gerador de paixão.  É uma fonte de calor e energia. É uma importante motor para fazer coisas.

Mas nossas qualidades são o lado avesso de nossos defeitos. O que temos de melhor costuma virar uma problema quando a intensidade, direção ou intenção não estão no ponto certo.
E assim é com meu vulcão.  Quando estou descansada, na sintonia, no eixo… É só alegria, entusiasmo, vibração boa.
Quando não estou na frequência certa… Sai de baixo. O vulcão vira tsunami de lava. Meu talento com as palavras vira arma letal.  Quero incendiar tudo.

ab-imagensincriveis.blogspot.com

Nos tempos antigos, eu ficava muito tempo neste estado de lava pura.  Era desgastante para mim e para os outros. Agora ando mais calma, mas o vulcão está longe de estar extinto. Portanto tenho buscado um equilíbrio para os momentos mais incadescentes.
Algumas atitudes me ajudam a combater minhas labaredas:

Raiva é medo
Aprendi com minhas terapeutas Zeneide, Érica e Camila que raiva é medo. Medo de me expor. Medo de errar. Medo de não ser amada, compreendida, reconhecida, valorizada. Medo de abandono.
Por isso, quando tenho raiva, procuro entender: do que estou com medo?
Fica mais fácil ficar calma assim. Tirando o foco do outro e voltando para mim mesma. Buscando compreender minhas emoções e lidar com elas.

Quando um não quer, dois não brigam.
E se o outro também está mordido, ressentido comigo, num mau dia e, ainda pior, também tem um vulcão exuberante esperando para irromper boca afora?
Com o tempo, criei um alarme interno que soa nestas ocasiões. Opa, ele(a) está pior do que eu. Vamos mesmo partir para a luta livre? É nesta hora que, muitas vezes,  consigo parar o meu ímpeto “assassino” e serenar face á perspectiva de um corpo a corpo desgastante. Nos bons dias, até consigo ajudar o outro.

E se fosse eu?
Outra boa tática é se por no lugar do “adversário”. Se alguém faz alguma coisa que me chateia, procuro entender possíveis motivações. Geralmente não foi porque a pessoa ignora meus sentimentos ou minhas necessidades. É porque odeia fazer determinada tarefa, está distraído com outra coisa, teve problemas em outro lugar. E se é comigo mesmo o problema, pergunto (a mim e ao meu “oponente”): o que eu fiz para te deixar bravo assim?

Se tudo mais falhar…
Eu sou responsável pelas minhas escolhas. Se escolher brigar, o que eu ganho com isso? Ah, dei uma lição de moral em fulano… Grande coisa. Se for magoando, pago um preço mais alto depois. Ah, descarreguei  minha raiva e tensão! Bom, melhor socar um travesseiro…  Enfim, procuro evitar uma briga que custará caro em amizade ou desgaste pessoal.

Ah, bom. Então a Leticia não briga mais com ninguém, agora é só flores, paz e amor?
Claro que não. Mais vezes do que eu gostaria, o vulcão sai de controle e todas as técnicas aprendidas vão lava abaixo. Neste caso, só há uma solução.
Pedir desculpas.

Recent Posts

Deixe um Comentário

Entre em Contato

Não estamos aqui agora, mas você pode nos enviar um email e responderemos assim que possível.

Ilegível? Mudar Texto. captcha txt

Comece a digitar e pressione Enter para pesquisar