Fazer fronteira
Uns gostam de brincar dentro de casa. Mergulhar em livros, meditar no silêncio, viajar nos filmes.
Aconchegados no sofá da sala, refletem sobre o mundo e pensam bons pensamentos.
Eu não. Sou sedenta por aventuras. Adoro o quintal, o horizonte, o lá fora e o bem longe.
Adoro gente. Nova, velha, doida varrida.
Adoro conversar, abraçar, rir, dar gritinhos de alegria.
Sou assim.
Mas estou aprendendo outras coisas:
Fazer fronteira, para não me embolar no outro e com o outro.
Para não vazar de tanta abundância. Não perder o tom e curtir uma ressaca daquelas, de ter ido além do limite.
Falar mais do que devo. Dar mais do que posso.
Estou aprendendo.
Estar dentro e fora. Entrar e sair. Abrir a porta e fechar.
Meu dentro é vasto, talvez mais vasto do que os campos que anseio por explorar.
Nesta valsa, redescubro quem sou e o que dou conta de ser.
Minha fronteira é amiga dos viajantes e dos turistas visitantes. Mas esta é minha terra e é preciso cuidá-la…
Bem-vindo ao meu continente…
Por favor, explore com cuidado.
Lindo ! Tenho uma sugestão de trilha sonora : Universo Particular da Marisa Monte, deliciosa como o teu continente !
bjs Erica
Adorei! É isso. Fazer fronteira! 🙂
Queridas Gisele e Érica, muito mais fácil manter minhas fronteiras quando os países vizinhos são tão amigos!