Fazer-me feliz
“Você não pode fazer uma pessoa feliz. Você pode fazer uma pessoa sorrir, se sentir bem ou rir. Mas se uma pessoa é ou não feliz está completa e profundamente fora de seu controle”.
Will Smith
Esbarrei num vídeo do Will Smith sobre felicidade e relacionamento. Foi o suficiente para abrir todo um baú de reflexões sobre como eu me relaciono com os outros.
Minha natureza é inquieta, nos melhores dias. Nos piores, sou uma incansável insatisfeita…
Muitas vezes, minha reação automática à insatisfação é “tentar consertar”. Tentar me consertar, tentar consertar a situação e tentar consertar o outro.
Aqui sentadinha na mesa de trabalho, escrevendo para vocês, é bem claro que sair consertando as coisas tem limite. E consertar pessoas é impossível.
Mas sendo honesta, quando eu busco consertar, ainda estou no lucro.
O mais grave cenário é aquele em que eu espero. Espero que você mude. Espero que você me atenda e me compreenda. Espero que você (namorado, amig@, sócia, filh@, etc) cocrie ativamente minha felicidade comigo.
Só que isto é uma bobagem.
Concordo totalmente quando Will Smith fala que “minha felicidade é minha responsabilidade”. E por mais que seja duro saber-me a responsável em última instância por minha própria satisfação, é libertador também.
Eu me liberto ao saber que nenhuma pessoa, fato ou trabalho será capaz de me tornar infeliz para sempre. A morte do meu pai me trouxe tristeza, o fim de meu casamento também. Algumas brigas e fracassos. Mas ainda assim, fui capaz e sou capaz de ser feliz.
E eu liberto o outro. Pode fazer o que quiser, até me magoar. Em última instância, isso não é capaz de me fazer infeliz. É claro que posso sofrer, me ressentir. Vai doer. Mas ninguém tem este poder absoluto sobre mim.
Viktor Frankl já explica que cabe a nós decidir, em nosso livre arbítrio, ser quem queremos ser, independendente das condições externas. Nas palavras dele, “Se não pudermos mudar a situação, ainda resta-nos a liberdade de mudar nossa atitude frente a esta mesma situação”.
Esta é a proposta que me faço a cada dia. Olhar de olhos bem abertos para as relações e situações ao meu redor. A partir daí, escolher qual o próximo passo que faz sentido com a pessoa que quero ser e a vida que quero levar.
Exercício tantas vezes duro, lição onde volta e meia levo zero. No entanto, não desisto. Vale a pena persistir neste objetivo:
Fazer-me feliz. Com pedra, espinho, chuva e trovoada…