Estou convencida que o retorno triunfal de festas infantis “caseiras” veio para ficar: embora ainda frequente muitas casas de festas, um terço dos aniversários do ano que passou foram inspirados nesta poderosa tendência.
Acredito que a busca por casas de festas venha de um genuíno desejo de simplificar o processo, aliado á falta de tempo patológica de nossos dias. No entanto, observo o cansaço de muitos pais, enjoo mesmo, depois de algumas festas deste gênero. As comidas tendem a ser as mesmas, especialmente o indefectível macarrão com molho branco ou vermelho. O ruído varia do desagradável ao insuportável. Muitas vezes faz-se necessário “complementar” os serviços do local, contratando teatrinho, mágico, etc.
E principalmente: é CARO. Muito caro. Como o mundo tende a melhorar, começaram a surgir as casas mais diferentes, com brincadeiras de roda, ambiente mais arejado, comida mais saudável. São poucas, a maioria em São Paulo. Mais caras ainda… Portanto, vejo com excelentes olhos a tendência de realizar celebrações mais simples. Vejo que as “lembrancinhas” do final começam a ser questionadas ou reinventadas. Abaixo os inúmeros copinhos ou estojinhos que lotam as gavetas de minha casa (porque infelizmente as crianças se apegam a eles…). Viva a diversidade de temas, execução da mesa do bolo e, principalmente, o olhar atento ao que nossos filhos tem de único e especial, refletido numa comemoração ímpar, como eles.
Destaco, neste sentido, a maravilhosa ideia que minha querida Nana e seu Flávio fizeram para o filhote de 7 anos, o Tom Tom. Ideia que, já comuniquei aos dois, será copiada sem misericórdia no aniversário de 6 anos do Léo…
Pontos altos:
O tema: Tom Tom é dedicado jogador de futebol. Naturalmente, a festa foi um grande jogo, com o aluguel de uma incrível quadra de futebol soçaite (society?) no clube deles.
O foco: o convite não deixava dúvidas sobre o conteúdo do evento. Portanto, crianças pequenas e meninas que viessem sob conta e risco dos pais. Honestidade e pragmatismo a serviços de todos. Deixei Olívia com meu pai e minha boadrasta e zarpei com quem realmente gostaria do programa (o Léo adorou!).
Os detalhes deliciosos: camisas dry fit personalizadas (Tom Tom FC, genial!). Dublê de brinde e item utilizado numa partida impagável, com vinte meninos alucinados e um juiz. De verdade!! Depois do parabéns, medalhas foram distribuidas aos jogadores-guerreiros, um a um condecorados por Nana. E Tom Tom levou um troféu, que afinal o dia era dele!
A simplicidade inventiva: docinhos de copo feitos pela mamãe, com variedades interessantes (por exemplo, brigadeiro com biscoito passatempo, uma releitura da bolacha/palha italiana). Serviços sem frescuras, mais muito eficiente, com quem suspeito seja prata da casa.
Adorei a experiência e nela me inspirarei para o 22 de maio vindouro. Mães e pais do mundo todo, celebremos a variedade, a customização e o uso sensato do nosso dinheiro. Abracemos esta ideia e tragamos mais e mais sentido para os nossos filhos!