Filosofia de Ponte Aérea
Mais uma vez estive em São Paulo, agora numa supersônica viagem. Fui para atender ao delicioso convite de meus amigos Mário Mattos (lembra do post de Tia Julia e o Escrevinhador?) e Paulo Carramenha, da Gfk, global instituto de pesquisa. Queriam que eu compartilhasse minha visão sobre ser cliente, pensamento estratégico e o papel de pesquisa. Adorei o dia e voltei revigorada.
Já no saguão de Congonhas, de coração renovado, dediquei-me a observar as pessoas. E é interessante ver os extremos: de um lado, as crianças, na sua grande maioria deliciadas com a experiência de aeroporto, avião e todos estes baratos. Do outro, trabalhadores estressados que não veem mais nenhuma graça no ritual, espremidos com seus blackberries, smart ? phones e demais gadgets potencialmente escravizadores.
Amo os bebês da ponte aérea e seus pais. Sempre aquele medo (dos pais) de que o neném vai chorar e incomodar os outros. Eu sorrio complacente. E também são assim todas as comissárias da Gol/Varig, as mais pacientes que eu conheço.
Novamente na outra ponta, hoje vi uma moça falando ao telefone e fazendo xixi ao mesmo tempo. Meio engraçado, meio patético. Sem contar os muitos apressados que obstruem os ônibus que nos levam até a aeronave ou que atropelam nas filas. Ironicamente, chegarão junto dos mais lentos, já que voar é uma experiência coletiva e de hora (mais ou menos) marcada.
Eu me sinto assim, meio no meio desta escala. Um pouco como as crianças, um pouco como os adultos, mas sem escravidão, stress fora do normal. Adoro aviões e me sinto privilegiada pelas dezenas de vezes que pude usufruir da experiência. E amo São Paulo, mesmo com um friozinho além da conta…