Irracional, eu?

 Em citações, equilíbrio, finanças, organização

Quando executiva esbaforida, sempre admirava as pessoas que me contavam sobre livros cheios de novidades, eventos transformadores e outras fontes de aprendizado intelectual.
Agora delicio-me em fazer o mesmo pelos outros, apesar de não estar lendo tudo que gostaria… Mas estou entre terminar “Predictably Irrational” e avançar em “Rework“. Dois ótimos livros para empreender e surpreender… Ambos sugestões de meu guru Lucrécio Brasil.

Predictably Irrational  é um contraponto interessante a muito do que aprendi em pesquisa de mercado.  Mostra como o que dizemos não é exatamente o que pensamos e muito menos o que vamos fazer. Claro que intuitivamente sabíamos disso, mas a forma como Dan Ariely ilustra através de experimentos traz outro sabor.
Três capítulos me parecem particularmente relevantes para o viver mais simples:
The cost of Zero Cost” fala de que como somos atraídos pelo grátis (mesmo quando ele custa caro). É o caso de promoções que fazem você comprar o que não precisa ou mais do que precisa. Eu estou me disciplinando com os sites tipo Peixe Urbano. Após euforia inicial, já percebi que é preciso escolher ofertas de coisas que eu já pretendia fazer e que estejam perto de casa (para eu não pagar em táxi o que economizei… ). Em suma, não gaste por que a oferta parece vantajosa. Gaste quando precisar (sabe aquela conversa de “reduzir”? Faz diferença).
“The Effect of Expectations” mostra como tendemos a realizar nossas expectativas. O efeito placebo é um clássico neste sentido. Mas também fica claro que se cremos no pior, o pior provavelmente acontecerá. E se acreditamos que é possível mudar de vida, voltar para o Rio, emagrecer vinte quilos… Bem, funcionou para mim…
Finalmente, “Keeping Doors Open“. Queremos tudo. E temos medo das portas que fechamos. Mas isto é paralisante.

Lembro-me de um causo da  minha vida: mamãe mudando para Londres, meu sonho de consumo de cidade. Eu tinha vinte anos e namorava um moço chamado Lucrécio há apenas três meses.  Estava dividida entre uma possível história de amor e realizar um sonho… E acabei jogando na roleta: vou fazer apenas uma prova de trainee, para a Souza Cruz. Se passar, eu fico. Passei, estou com o moço há 17 anos e fui para Londres com ele, pela Souza Cruz.  Mas neste caso, tive que optar e uma porta fechava a outra. Muitas vezes, não. Muitas vezes duas portas ficam abertas e você com um pé meio dentro, meio fora de cada uma. Para quê? A vida é agora. Enfie os dois pés numa porta e seja feliz. Ou não, mas pelo menos você tentou.
Recomendo o livro. Para negócios e para a vida pessoal.

Ah, mas eles são a mesma coisa, não é?

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