Mãos Dadas
Durante o começo desta trilha própria, muitas vezes me senti só, incompreendida e com medo.
No entanto, reconheço que já alcei meu voo a partir de ombros de gigantes. Pessoas que, antes de mim, haviam ousado ser elas mesmas, conectadas com seu eu espiritual.
O mais importante de todos, sem dúvida, foi Eduardo Seidenthal. Mas também Iacy e Luiz, interlocutores da primeira conversa honesta sobre o quanto eu estava por um fio.
E Sílvia, a primeira a enxergar que eu estava de fato pronta.
Quando eu finalmente zarpei, perto de mim outras vozes já se levantavam contra a vida sem sentido, o coração apertado, a garganta sufocada. E assim partiam comigo Marco Flávio, Gian, Flávia, Roberto, Érica.
Depois, conheci outros. Inspiração de longe para eu entender minha missão no mundo (Leo, Jonathan, Chris, Gretchen). E guias próximos para que eu pudesse me equipar para ela (Adriana, Eliane).
Já caminhante, esbarrei na estrada com muitos outros: Maurício, Camila, Joana, Marcos, Beth, Julio e Cadú.
Neste último mês, conversei muito com estes companheiros de aventura. Muitas vezes pressenti um eco de solidão. De sermos vozes isoladas que falam uma língua nova e, por vezes, ininteligível e rejeitada.
Repeti muitas vezes (para eles e para mim mesma): caminhemos próximos. De mãos dadas, nos apoiaremos e nosso abraço ao mundo será mais forte e amoroso. Que temos tanto para dar, mas também são tantas as pessoas em sofrimento, tristes e sem compreender ainda a beleza de viver seu propósito no mundo.
Somos relativamente poucos, mas nossa intenção é boa e nosso abraço, apertado. Somos abundantes, generosos e queremos servir. Sirvamos. Sirvamos com alegria, multiplicando nossa crença em um caminho talhado para cada um.
Hoje plantamos sementes. Há outros jardineiros também. Nem todas vingarão, mas basta que algumas vinguem. Com tempo, amor e dedicação, nosso legado estará aí: um lindo jardim, uma multidão de pessoas em sintonia com seu propósito de viver em paz com sua própria luz.
Já vejo novos de nós nascendo. Já vejo a chama mais forte no peito de tantos outros. É verdade, muitos ainda estão sentindo dor, sufocados em trabalho ou relações sem sentido. Mas cada dia serão menos. Se persistirmos, serão menos e com menos sofrimento.
Levada pelas mãos do acaso e da intuição, encontrei a linda exposição “Seis bilhões de outros”. Lá pude ver o quanto nossos corações humanos estão próximos. Sejam russos, africanos, romenos, norte-americanos, franceses. Todos têm sonhos, como eu tenho. Todos querem fazer do amor um encontro. Todos têm boas ou tristes memórias de infância. Cada um na sua possibilidade, todos servimos a uma mesma Humanidade. Saí com o coração aquecido e vontade de por mãos a obra.
E trabalhei. E venho trabalhando, dia após dia, para ajudar pessoas na sua integralidade.. Empresários que são gente. Desempregados que são filhos. Angustiados que são mães.
E todos os que precisam de nossa ajuda, ao serem tocados por nossa luz passarão a tocha adiante
Neste ano, Chris Guillebeau juntou 500 de nós em Portland, Oregon. Quantos seremos em 2012?
Sigamos juntos, de mãos dadas. Que o plantio é árduo, mas a colheita há de ser abundante.
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