Morte Vida Morte

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O pulso incessante em tudo.

Nascer, florescer, morrer.

Às vezes, renascer.

Às vezes, transmutar.

Às vezes, enterrar para ver o novo em outro lugar.

Transformar-se. Transitar. Mergulhar para reemergir.

Saber esperar.

Semente.  Germinar. Morrer. Arar. Fertilizar. Cultivar. Semente.

Não fugir da dor da perda, da morte, da despedida, do fim.

Abraçá-la. Honrá-la. Amá-la.

Agradecer as boas memórias que são a lenha da saudade.

Mas não se agarrar demasiadamente a elas.

Para deixar morrer o que está morto. E receber o porvir.

Dizem por aí que ando mais tranquila.

Foi reconhecer a morte, mas do que tudo, que me acalmou.

 

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Showing 2 comments
  • Elisa
    Responder

    Olá, Letícia!
    Realmente, como encarar a morte muda a vida!
    Como faz sentido isso. Somos formados para termos tanto medo da morte, mas ao final ela é a única coisa que temos certeza – e isso é devastador.
    Lindo e doce texto!
    Mais leveza para nós todas com esse aprendizado!

    • Leticia Carneiro
      Responder

      Assim é, minha querida.
      Morte Vida Morte e avancemos…

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