Viver Mais Simples

Na sua opinião, o que é a guerra?

Há muitas definições e conceitos para descrever o que é guerra.
Eu prefiro então falar do ponto de vista mais simples.
Já peço desculpas pela ousadia, já que a guerra jamais me atingiu de fato. Nasci em um país bem pacífico, com participação mínima em conflitos, todas em outros territórios.

Pablo Picasso

Por isso sou inocente no assunto e a guerra me parece um encontro de desencontros. Interesses distintos colidindo a um ponto extremo.
Pode ser uma luta pela liberdade (ou poder).  Pode ser um desacordo extremo entre pontos de vista. Pode ser calcada em diferenças econômicas, religiosas, políticas. Vontade de expandir, vontade de defender.
Há todo o tipo de motivo, mas nunca vi uma com final feliz.
Alguém sempre sai perdendo. Famílias, estados, governantes e/ou governados.
Mesmo quando o suposto “lado bom” vence (por exemplo contra o nazismo de Hitler), as sequelas perduram por gerações.
Ódio.  Vestígios radioativos, cânceres.  Membros amputados. Almas amputadas.  Violências contra crianças, mulheres, velhos, jovens, soldados.
Nunca vi razão suficiente para uma guerra. O mundo não ficou mais justo ou mais belo por conta de alguma guerra.
Posso ser uma inocente.  Pode ser que o conflito armado salve algumas vidas, mas o pouco que conheço da guerra me parece sofrimento, agonia e sequelas eternas.
Já li descrições terríveis da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, temas que me fascinavam.
Hoje fujo dos jornais, do derramamento de sangue seja no Oriente Médio, na América Latina, nos EUA.
Armas, bombas, confrontos entre homens.
Nada faz sentido para mim.
Hoje, dia mundial de combate a Aids, impactada por comerciais do “Médicos Sem Fronteiras“, me pergunto:  A guerra que vale a pena lutar não seria contra a doença, a pobreza, o abandono? A favor dos desnutridos, flagelados, abusados?
Não consigo crer que esta guerra aconteça com armas e mortes.
Prefiro acreditar, ingênua eu sou, que com amor, trabalho e esperança poderemos vencer. Sem corpos. Sem traumas e marcas.
Sem dúvida, prefiro a paz.

Este é um post da série “6 Bilhões de Outros”, inspirada neste projeto aqui.
Mais detalhes do projeto neste post.

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