O bom do humor
Tenho me percebido meio ranzinza.
E mau humor atrai outros estados de espírito nada proveitosos: a raiva, o cansaço, o pessimismo.
Decidi então destrinchar o que está acontecendo e tomar medidas-antídoto.
Primeiro, olhei para fora.
Tempo de eleições, tomates podres voam pelos ares. As más notícias são a alavanca do debate eleitoral. “Você roubou”. “Você se omitiu”. “Você disse aquilo que não devia”.
Números e vociferações se amontoam nas redes sociais, tv e nos círculos amigos.
Uma nuvem preta, azedando conversas.
Além do pleito eleitoral, acontecem discussões acaloradas na lista de e-mails da escola do filho.
Meu instinto belicoso me belisca. Eu digo “calma”, mas não consigo me retirar de todo.
Dentro, o corpo está “naqueles dias”. Nem sempre percebo, mas desta vez estou mais sensível.
E mais dentro ainda, há a intenção. Ando frouxa com reclamações e pensamentos negativos. Sem contar o trabalho acumulado, que me aperta.
Junto tudo e rumino. É urgente mudar, quero continuar no meu caminho de ser feliz numa boa parte do dia.
Para variar, não tem resposta-milagre. Mas intuo dicas para mim mesma, sem ordem específica.
#1 Diminuir o volume do som lá fora.
Se estou mais propensa ao mimimi, melhor ficar longe dos “feices”da vida. Um jejum temporário até a poeira baixar.
#2 Cuidar do corpo: dormir, comer, pausar.
Vivo subestimando os limites do meu corpo e o mau humor é só um dos preços…
#3 Procurar o riso: brincar com os filhos, dar risada com os amigos, sair para dançar.
Minha lista de antídotos para ativar o gargalhômetro e relaxar um pouco.
#4 Saber do meu limite e pegar leve: estou me levando muito a sério, portanto posso me vigiar para não embarcar em conversas densas demais.
#5 Ligar a fábrica de pensamentos positivos: atenda a minha vulnerabilidade, posso aumentar o volume do meu sol interno. Sonhar, pensar coisas boas, agradecer o tanto que tenho. Pensamento positivo é um dos remédios divinos. Sem contra-indicações.
No final, não existe fórmula mágica. Apenas posso dar mais um passo, contando com a ajuda do outro que está mais bem-humorado.
Mudar esta chave é a vontade frouxa da semana.
Vamos em frente, com menos siso e mais elasticidade.