“A Igreja diz: o corpo é uma culpa. A Ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. E o corpo diz: eu sou uma festa.”
Eduardo Galeano
Final de ano. As marcas de tantas aventuras espraiam-se por toda eu.
Num suspiro consciente, preparo-me para a etapa final desta jornada. Decido resgatar-me do turbilhão mental e das horas sentadas em frente ao computador.
Invoco o meu corpo, templo sagrado de todos meus peixes, fonte de minha regeneração.
É tempo de lentamente desligar o cérebro, acalmar os neurônios. É tempo de acender as pernas, atiçar o sangue nas veias. É tempo de respirar lento e profundo.
É tempo de alongar, espreguiçar, rir.
Trabalhar-me para continuar o cultivo deste Viver Mais Simples e do semear por tantas árvores ávidas por frutificar.
Acordo meu corpo, na batida ritmíca da TaKeTiNa, num workshop de dois dias e meio onde bati palmas, remexi os pés e respirei profundamente. Navegando num fluxo profundo onde não haviam pensamentos, só conexões com o dentro e com o fora.
Pé com pé, num compasso, descompasso. Tento acertar, desisto e aí acerto. A TaKeTiNa é um presente para quem tenta (sempre em vão) controlar o ritmo da vida.
Melhor se entregar.
Melhor se entregar.
Depois, um pouco de dança. Um pouco de pilates. E sonhos. Sigo na disciplina por ouvir-me inteira, não viver só na cabeça.
Já é quase dezembro. Tempo de descanso e celebração. O corpo é uma festa.