Amanheço indisposta, as vísceras reviradas.
Enquanto cancelo compromissos, meu corpo todo vibra: “pausa”.
Sinto um pouco de frio, dor de estômago e outras coisas. Quero ficar quentinha e quietinha na cama, sob cobertas.
Reflito sobre o momento: último módulo da Formação para Coaches, repleto de fortes emoções. Workshop de dia inteiro para uma corporação. Dez horas filtrando sentimentos, medos. Dez horas iluminando pontos cegos.
Sem drama, recebo este pedido de auto-recolhimento. A estrada está bem caminhada, avancei muito.
Hoje, me abraço bem firme e vejo a hora passar, sem pressa.
Tantas vezes nosso corpo pede, grita ou sussurra para nós.
Fome, frio, cansaço. Fugir de um lugar, evitar tal pessoa.
Os sinais estão por toda a parte, tantas vezes silenciados por nossa mente em ebulição.
Hoje, desligo-me.
Quero ouvir bem de perto a batucada do coração.
Quero respeitar este sono preguiçoso.
Quero acolher os movimentos internos, nesta valsa sutil de fluxos.
O corpo fala, o tempo todo. Hoje, quero escutá-lo.