De acordo com a Cabala é hora de celebrar o Shavuot que “representa o final de sete semanas de refinamento, que costumam ser difíceis, mas muito valiosas para quem escolheu viver guiado pela luz divina. (Portal da Cabala)”
Ouço relatos de áridas travessias por todos os cantos. Eu mesma andei pisando na areia fofa do deserto, mais do que gostaria.
Por isso, trago hoje uma boa-nova. Este tempo está para acabar.
Pressinto que a densidade deste início do ano começa a ser ventilada por uma morna brisa de esperança. Observo movimentos, pequenos e grandes, de florescimento e despertar.
No campo material, vejo projetos nascendo ou ressurgindo. Vejo a caminhada menos penosa.
Vejo o fim do deserto.
Sim. Logo ali temos um oásis.
Pode parecer difícil de acreditar. Afinal é tempo de Copa, o ano não começou, blá, blá e blá.
Mas preste atenção.
Sinta.
Algo mudou.
Seja o que for que te impedia, está mais fraco.
Tristeza, raiva, medo.
Não importa o nome. É hora de superá-lo.
Pode estar ainda imperceptível, mas já esta aí.
O fim do deserto.
Hora de acreditar no poder repousante da sombra.
Não para desfalecer e entregar-se.
Nunca.
Mas para simplesmente recuperar o fôlego, ajoelhar-se e fazer uma gratidão.
Um gole d’água e pronto. Podemos ir em frente.
O deserto chegou ao fim.