A doçura.
Do despertar barulhento dos filhos.
Da maciez da colcha nova.
Do quente no chuveiro forte.
Do vento súbito no rosto, na caminhada.
Do café, o pão de mel, o arroz mexido com ovos.
Do amor recebido e partilhado. Do cuidado dos amigos.
De testemunhar o florescer do outro.
O azedo.
De lidar com tantas novidades.
Dos dias cansados.
Dos filhos atordoados.
Dos muitos afazeres.
Da parte que não deu certo.
O salgado.
Das lágrimas dos dias nublados.
O amargo.
Do que podia ter sido.
Caleidoscópios sabores. Inesperados. Nem tanto.
Mas sobretudo, sentir o gosto das coisas.
Salivar novamente pela vida.