Lá fora, o tempo passa preguiçoso.
Férias. Sol. Barulhos de mar e vento.
Aqui dentro, algo começa a remexer-se.
Parece uma vontade de trabalho, mas bem sei que não.
É mais.
Uma vontade de movimentar-me. Para mover o mundo.
Também um desejo paradoxal de ficar dentro bem dentro de um silêncio só meu.
Somados a uma certa pressa de arrematar o rascunho de 2015 feito em 2014.
Reluto em escrever o balanço do ano, para lá de gestado dentro de mim.
Parece que já passou o tempo.
Veremos.
Fico assim suspensa. Entre o descanso inquieto e o futuro, tão pertinho.
O vento quente do quintal antigo parece concordar.
É tempo de espraiar asas, ventar ideias e sonhos.
Desperto, pouco a pouco para este iminente salto rumo aos mistérios do ano que começa.
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