Onde está a sua verdade?
Alétheia (em grego antigo, ἀλήθεια: «verdade», no sentido de desvelamento: de a-, negação, e lethe «esquecimento» ), para os antigos gregos, designava verdade e realidade, simultaneamente.1 “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (Jo 8:32)
Encerrei hoje um trabalho muito especial. Duas clientes guerreiras, movidas por muita fé e muita luz.
Alinhadas a um propósito maior, dispostas aos sacríficios naturais de quem quer uma vida extraordinária, especialmente quando a serviço do mundo.
Ainda banhada nesta energia de gratidão e maravilhamento, sinto pulsar a pergunta:
Onde está a sua verdade?
O que te faz avançar sobre sombras, dúvidas, escárnio alheio?
O que alimenta seu espírito de coragem, de vontade, de amor?
Qual a força que te impele a fazer o que nunca foi feito? A trilhar o caminho menos conhecido?
Onde você guarda o seu maior tesouro: ser quem você é, imperfeito, vulnerável, por inteiro?
Onde está a a sua verdade?
Nas horas mais escuras, quando tudo falta, ela descerrará as cortinas e deixará o sol entrar.
No lugar de maior solidão, onde só ouvimos a batida aflita de nosso próprio peito, ela preencherá nossos vazios e nos fará companhia.
Quando formos injustamente açoitados pela vida, pelos homens e até por quem mais amamos, ela curará feridas.
Quando tudo for nada e no nada nos afogarmos. Ela estenderá o braço para nos resgatar e acolher.
A verdade.
Não falo de verdades inúteis: preconceitos, ideias cristalizadas, obsessões.
Falo daquilo que nos move, nos desperta e nos nutre: nossa verdade mais pura. Nossos valores. Nossas raízes mais antigas e preciosas.
Se você não encontrou, é hora de procurar. Investigue bem fundo no coração, navegue bem dentro das vísceras. Sua verdade te espera, em meio a tantas mentiras que te contaram.
E se você estiver bem atento… Se estiver consciente… Ela emergirá gloriosa e viva, sua verdade mais rara e pura. Registro de sua humanidade. Testemunha do divino de cada um.
Uma verdade tão vasta, linda e curativa que por ela valerá toda a luta, toda dor e todo o medo.
Obrigada, Ivone e Rita, por recordarem-me de minha verdade.