Debaixo de minhas dores, há um lago cheio de peixes.
Lá mora a minha poesia.
Deste ninho-Pandora.
Raiam esperanças.
Lá no dentro, vive uma força maior.
Mãe de sonhos.
Mãe de águas calmas.
No meu centro.
Vive minha poesia.
Nela viro asa viro água viro nuvem
Nela danço sou menina mulher fênix
Na minha poesia, sou música
e a vida toda dança comigo
A poesia me salvou todos os dias.
No sorriso do outro, no abraço tão quente.
Na promessa de filhos adultos, nas cicatrizes de amor guerreiro.
Nas mãos dadas saltando abismos.
A poesia é minha célula, meu oxigênio, meu celeiro de fé.
Nasci poesia para morrer, um dia bem longe, pássaro livre.