As últimas semanas tem sido um mar revolto para mim. Emoções confusas, sensação de vazio… Pode ser alguma marola hormonal ou simplesmente uma destas encruzilhadas de perseguir o próprio caminho, ainda não sei.
Tenho respeitado este tempo, fazendo as coisas mais devagar e descansando bastante. Mas, ao mesmo tempo, busco o espaço para criar tudo aquilo com o que tenho sonhado. Persisto atrás do movimento, lutando contra a preguiça e o desânimo.
Nesta jornada heróica, encontrei ajuda em muitos lugares. E hoje quero falar destas ajudas sempre disponíveis, mas nem sempre percebidas por nós.
Amigo é coisa para se guardar
Estando perto de quem me ama, recebi muito. Ás vezes, conselhos. Mais vezes, distração para a cabeça, abraços, risadas, inspiração.
Tenho a impressão de que os últimos são mais efetivos do que os primeiros.
Mas sou grata por todos.
Deus ajuda a quem cedo madruga…
Tenho procurado me ocupar. Ajudar quem precisa, estar mais disponível para os filhos. Começar o dia cedo. Ir ás festas, lanches e demais convescotes disponíveis. E decidi aumentar a frequência de escrever no blog para três vezes por semana (Agora nos “veremos” ás segundas, quartas e sextas!). Assim ganho serenidade e momentum para o trabalho.
Estudar saídas
Mais do que nunca, estou devotada a minhas leituras sobre equilíbrio e produtividade. Estou lendo “
Getting Things Done” de David Allen, para me ajudar a realizar meus sonhos de forma mais produtiva.
Leo Babauta tem me inspirado muito também. Tenho
lido sobre escrever, minha principal ferramenta.
Desconectar-me para reconectar-me
Tenho tendência a compulsões e a mais recente é computador. Facebook e e-mails são checados muitas, muitas vezes… Estou buscando mais equilíbrio, embora ainda não esteja lá… Mas levar para o nível da consciência é o primeiro passo. O segundo é acessar menos vezes por dia, saber usar o computador sem abrir o browser…
Recorrer a antídotos e redes de apoio
Retomei o Pilates com toda a vontade. Roda de Mães, agora é quinzenal. Voltei ao Vigilantes com empenho no diário pessoal. E estou buscando novas experiências para acalmar a mente e aquietar o coração…
Fé renovada
Voltei a pensar no que me trouxe até aqui, com muita intensidade. Lembrar do porquê de tanta mudança, de tanta incerteza. E achei neste texto uma reflexão de acordo com o que eu sinto… Afinal, Pelo quê vale a pena viver? Buscar a paixão em si e nos outros é o melhor estímulo para prosseguir.
Chá e Cream Crackers…
Li um texto maravilhoso sobre estar com a mente inteira no momento. A palavra em inglês é linda, mindful. Fazer as coisas “mindfully” dá um novo ritmo á vida. Dá um novo tempo, mais calmo, e uma nova visão, mais serena. Tenho procurado este jeito de ser, difícil, para mim. Mas, aos poucos, consigo fazer progresso. Olhar o entorno quando caminho. Fazer uma coisa de cada vez. Lavar a louça no fim-de-semana, após as refeições. E dar-se um tempo.
Hoje fiz um lanche sossegado, um xícara de chá de hortelã com cream crackers. Lembrei-me de meu avô Celso, seu ritmo sossegado, sua fala mansa. Lembrei-me da mesa posta, eu aprendendo a mergulhar a bolacha no chá com leite. E quero ter este sentimento, quentinho e sereno, comigo.
Como diria Mestre Ooogway: “A tua mente é como esta água, amigo. Quando está agitada, torna-se turva. Mas se a deixarmos assentar… a resposta… torna-se clara”.
Esta é a minha busca no momento. Aquietar minha água. E desejo o mesmo para vocês. Águas calmas.
Fazendo conexão com um dos rituais babautianos, ontem comecei a ler um novo romance e me fascinei de novo (duas vezes por semana, se eu tiver muita sorte, geralmente com menos frequência) com a maravilha que é alguém escrever um romance, e com a maravilha maior que é lê-los.
Gostei muito do texto.
"Há tempo para tudo. — Há mesmo um tempo para que os tempos se reencontrem."