Penélope descansa
Deixou o fio do tear sobre a cadeira e foi ver a lua nascer, pés dependurados na sacada.
Despiu, peça a peça, a armadura e entrou na banheira de água quente.
Pousou a colher de pau e o avental e deitou-se no sofá macio, abraçada ao travesseiro.
Sentou-se no degrau, por um instante, sem esperar por nada nem ninguém. Apenas desfrutava do mármore gelado nos pés cansados de mais um dia.
Namorou o silêncio da noite estrelada, quando todos dormiam.
Ela, sempre ela, ouviu o suave bater do seu coração e suspirou.
Este momento, mesmo tão breve, era só seu.
Quando o mundo está distraído, Penélope descansa.
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