“O perdão não liberta o outro. Liberta a gente”.
Li isso em algum lugar aleatório, como o facebook. Mas me identifiquei profundamente.
Perdoar é ato de cura pessoal.
Seu oposto, o ressentimento, azeda o pensar e o sentir.
Fácil dizer, difícil praticar.
Então vamos tentando caminhos.
Algo que me ajuda é empatizar com o outro.
Entender que cada um tem uma história, uma bagagem. E que este caminho trilhado forma pessoas com recursos variados. Alguns tem mais para dar. Outros menos.
E também varia muito o que se tem para dar.
Alguns sofrem mais, magoam-se mais. Outros parecem ter coração de pedra.
Mas ninguém tem coração de pedra.
Cada um carregando suas cicatrizes,às vezes pisamos nos pés uns dos outros.
Pois é. Dói.
Então, quando possível, podemos buscar uma reparação. Um pedido de desculpas bem intencionado. Um abraço apertado. Todas as moedas, inclusive dinheiro.
Nem sempre, no entanto, é possível.
Quem ofendeu pode não sentir-se ofendendo. Ou pode estar dolorido também.
Quem machucou já partiu.
Ou nunca esteve presente.
Por isso é tão bom pensar que o perdão pode ser unilateral. Sem esperar nada em troca.
Eu te perdoo. Agora vou seguir em frente.
É difícil.
Nem sempre consigo.
Mas quando deu, foi isso que aprendi:
1) Que vestir o sapato do outro ajuda a perdoar.
2) Que saber-se grande e forte ajuda a perdoar.
3) Que ser grato, ajuda a perdoar.
4) Que acreditar em Deus ou algo parecido, ajuda a perdoar.
5) Que ouvir outras visões sobre o que doeu, ajuda a perdoar
Em resumo: olhar para dentro, pedir ajuda, acreditar em uma força maior.
E quando tudo falhar, saber-se ressentido e ficar atento.
Para que a falta de perdão não nos aprisione.
Sigo, com a esperança de perdoar tudo que falta.
E sobretudo, perdoar-me.
Para ser livre e libertar, bem maior nesta vida.