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Ás vezes recebo um presente na forma de pistas convergentes, como uma tentativa intensiva do universo de me fazer compreender algo fundamental para o meu bem-estar.
Aconteceu esta semana: Começou com meu compadre e visionário, Luiz Henrique, desafiando minha pergunta sobre qual são seus objetivos para 2011. Num lance de quem me conhece muito bem, ele citou um post do Leo Babauta no Zen Habits sobre os múltiplos benefícios de não estabelecer metas.
Tudo isso combinou com meu retorno á minha terapeuta corporal e um sentimento de estar avassalada por meu interminável fluxo de ideias e tarefas… Enfim, deu liga e virou uma epifania!
O próprio Leo reconhece que é ambicioso deixar de lado nossa tendência a objetivos, metas, etc. No meu caso, isto é agravado por dois fatores: 1) sou uma notória “control freak” (em recuperação, espero) e 2) novas ideias e projetos se formam continuamente na minha cabeça, de forma quase enlouquecedora…
Mas o comentário amigo me fez repensar a fúria de ano entrante.
Afinal 2010 foi feito assim, meio sem saber como ia acabar… Eu precisei sair da corporação: Pronto, saí. Cultivei uma visão de vida pedestre, volta para o Rio: Fui. Precisava me cuidar: comecei a andar, voltei para o Pilates, comecei a drenagem linfática.
Enfim, foi tudo muito intuitivo a partir de intenções frouxas que cultivei em novembro, no interlúdio do spa. E acabei mais magra, mais saudável e inteira.
Então vamos repetir a dose e caminhar assim? Não. Ainda não.
Eu sou assim, transbordante. Tantas possibilidades e oportunidades encheram minha cabeça. E isto vazou da cabeça para a garganta, a barriga, o corpo inteiro. E tenho andado assim, meio elétrica com tanta fervilhação interior.
Por isso, escolho uma alquimia, um caminho do meio: umas vontades para 2011, um pouco mais vagas do que antes. Junto com uma moldura para dar conta e organizar tanto pensamento. Mas com liberdade para respirar e improvisar. Sem um compromisso muito rígido. Mais sonho-vontade do que meta-objetivo.
E ficou assim:
Compartilho a “matriz do sonho-vontade” para ativá-la através do diálogo com os outros, como tem sido com tudo que eu faço. Conversem comigo…
PS: Mille Grazie, compadre!