Saber confiar
“Planos são inúteis, mas planejar é fundamental.”
Não sei de quem é a frase, mas a conheci através de meu marido.
Uma certa ironia, para uma organizadora de ideias que também é control freak em recuperação…
No entanto, 2013 foi inaugurado assim. Imprevisível.
As férias planejadas para dezembro foram para fevereiro. As celebrações de final de ano, improvisadas.
O trabalho foi brotando de uma forma espontânea e inesperada, desafiando minhas preocupações com um janeiro habitualmente de vacas magras. Atravessei um trimestre entrecortado por viagens e férias dos filhos, apesar da constante sensação de que o ano ainda não havia começado.
Contra todas as “projeções”, não foi um total desastre. Sobrevivi e ganhei o suficiente.
Claro, ainda estou um pouco atarantada e sem ritmo. Mas aprendi (de novo): é preciso confiar.
Em meio a este relativo caos, recebi valiosas indicações de trabalho e depoimentos gratificantes sobre o valor desta estrada que venho construindo.
Preciso, sem dúvida, apertar um pouco o passo. Mas o vento está favorável.
Agora, sonho em levar esta confiança para as outras áreas da minha vida. Tive pelo menos uma prova de que é possível e proveitoso.
Em meio ás férias, minha filha decidiu abandonar as fraldas noturnas. E segue até hoje, uma semana depois, sem acidentes nem arrependimento.
Eu andava angustiada com o tema e vejam só. Desnecessariamente.
Tudo tem um tempo e eu teimo em acreditar, em minha onipotência, que vou curvá-lo de acordo com meu desejo e planos.
Esqueço-me de como Cronos me é favorável. Posso relaxar mais. Libertar minha criatividade. Respirar.
O tempo é meu amigo.
Aprendo, engatinhando, a acolher o tempo certo. Não o meu tempo fantasiado, mas o tempo presente divino, trazendo o que é preciso quando estamos prontos ou quando é hora de dar um salto.
Assim, respeitei o turbilhão de fevereiro, mantendo este blog em silêncio.
Hoje recomeço.
Confiante.