Qual é seu calcanhar de Aquiles?
Eu tenho tantos que poderia parecer uma versão de deus indiano ao avesso…
Um deles, certamente um dos que mais penaliza, é não saber pedir ajuda.
Custo a pedir.
Esqueço de pedir.
Fico sem graça.
Um dos muitos condicionamentos a serem desconstruídos.
O efeito colateral não atinge somente a mim.
Muitas vezes,desesperada, no limite da minha capacidade de enfrentar uma situação, viro bicho e ataco.
Meu cérebro reptiliano aceso, nestes dias caminho como se fosse uma neandertal contemporânea, dente por dente, olho por olho.
Que tolice. Está comprovado cientificamente que sobrevivemos como humanos por colaborar.
Desde caçar juntos até chorar nossas mágoas, estar junto de alguém nos faz mais fortes, mais inteiros, mas inteligentes até.
Claro, é ingênuo pensar que podemos pedir ajuda a qualquer um.
Há os que não podem, não sabem, não querem.
Mas muitos, muitos quererão.
E tantas vezes, precisamos de algo tão simples.
Um abraço,
Uma palavra de conforto.
Aquela frase libertadora: “eu também me sinto assim”.
Atravessei minha pedra e pedi ajuda. Várias.
Recebi, profusamente.
Abri a tampa da raiva, encontrei um poço de tristeza e de lá, fio após fio, reencontrei minha meada.
Não estava só. Jamais estou só.
E isso me ajuda.