Sou admiradora de todos que tem um sonho e o cultivam, mais ainda quando envolve risco pessoal. Outro dia, conheci um destes exemplos, ao passear pelas redondezas do Largo do Machado:
Por trás de uma entrada estreita, havia no passado uma vila de casas bem pequenas, tipo estúdios, desenhadas para abrigar caixeros-viajantes. Um espaço pitoresco no meio da cidade, provavelmente destinado a virar um grande prédio impessoal, não fosse o desejo de fazer diferente do arquiteto Carlos Rangel.
Ele pensou um uso que beneficiasse toda a comunidade. Um conglomerado de cinemas, teatros, café e lofts para artistas. Uma forma de reinventar o espaço urbano para reforçar o bairro. A Vila do Largo.
Aplaudo a iniciativa, a coragem (usou seus próprios recursos, vendeu tudo, mas não desistiu). E só lamento ter chegado tarde para ter um escritório da Nutshell lá… Quem sabe, um dia?