Na busca de novos “por que não?”, mergulhei na aula sobre Upside Down Thinking de Patricia Cotton.
No meu entendimento, uma prática de buscar o invisível com olhos de “ao contrário”.
Olhos de “E se não fosse assim”. Olhos de “e”, ao invés de “ou”.
Olhos e escuta.
Escutar o que é novo, diferente, incômodo até. Prestar atenção, para não necessariamente aceitar, mas ao menos considerar como um ponto de vista válido.
E sobretudo, olhar para dentro.
Olhei para dentro, com uma franqueza e nudez que a Patricia costuma causar em mim. Descobri coisas difíceis.
Imagem: Lucrécio Brasil |
Descobri que não sou imune à inércia e o automatismo. Demandas que não são minhas. Ansiedades, medos, exigências. Coerência excessiva com decisões passadas.
Progredi, claro. Dedico a minha vida a escutar a voz mais autêntica dentro de mim. Mas percebo agora que, no turbilhão de um ano que começou acelerado, escorreguei no meu eixo.
Tudo bem, há tempo. Busco meu trilho, com duas perguntas essenciais:
1) O que é preciso?
2) Do que eu preciso?
Silenciar o burburinho da crise, do outro, de minhas reclamações e voltar-me para a minha essência, o meu dentro..
Eleger, depurar, respirar.
O que é preciso?
Neste momento, acredito ser preciso fé e resiliência para atravessar os primeiros meses do ano.
Retomar o ritmo entrecortado de natal/reveillon. Não esperar o carnaval para o ano começar.
Se há tanto medo e empecilho, não temos tempo a perder. A hora de de planejar e começar as ações necessárias é já, sob o risco de empacarmos na paralisia. O risco de 2016 se concretizar nas fantasias de medo..
Também é preciso cuidar a alegria, da pausa e da presença. Para preservar a energia tão escassa e preciosa. Para regar as sementes de um amanhã. Para ajudar os outros na travessia.
Do que eu preciso?
Começar o ano com firmeza. Cuidar de minha energia. Ajudar o outro.
O gol maior do curto prazo é o Voe. Como fazer acontecer, fechar os últimos detalhes, dar os passos certos.
Mas há mais, para além do Voe.
Como cuidar disso também? Como cuidar-me para não dissipar todo o meu gás neste primeiro (e tão grande voo?).
Num movimento contraintuitivo, marco férias e feriados fora de hora. Interrupções ou pausas necessárias?
O automático grita, é preciso avançar, trabalhar, fazer. O coração sussurra: mais devagar.
Ouço o coração.
Hoje é dia de faxina. Dia de limpar tarefas supérfluas. Dia de fazer devagar e pouco. De propósito.
Dois dias de pausa e chegarei na última semana antes do Voe.
Agora é tudo ou nada, e será o tudo possível, com os recursos que temos.
E será lindo. Já é.
Assim, mudando a marcha e olhando o retrovisor, acolho o próximo passo.
Voar com rumo.
Faltam NOVE dias para o Voe, um evento de um dia para acolher quem está precisando de um estímulo para atravessar 2016 com projetos realizados e mais perto de quem realmente é.
Patricia Cotton e eu somos impulsionadoras Voe. Conheça a turma completa AQUI.