Na sexta-feira iniciei uma discussão sobre a tecnologia no Viver Mais Simples, enfatizando as muitas coisas boas que ela traz.
Hoje, quero falar do outro lado da moeda. Os riscos e os desassossegos que caminham lado a lado com a tecnologia. As armadilhas que devemos evitar.
Agradeço antecipadamente o auxílio luxuoso do meu curador de opiniões: Luiz Henrique.
Hoje, quero falar do outro lado da moeda. Os riscos e os desassossegos que caminham lado a lado com a tecnologia. As armadilhas que devemos evitar.
Agradeço antecipadamente o auxílio luxuoso do meu curador de opiniões: Luiz Henrique.
Cadê o tempo que estava aqui? Sumiu!
Quinta-feira cheguei em casa ás 10h, com a agenda cheia de tarefas a começar por este post. E levei 45 minutos até conseguir engrenar, seduzida pelo Facebook, e-mails, etc. Sem contar as muitas interrupções que não consegui evitar… Um desperdício de tempo, num dia onde eu tinha uma lista enorme de coisas para fazer.
Já li muito sobre como estar conectado drena produtividade. Também sei que é uma de minhas maiores fraquezas. Tanto que está bem forte lá na matriz do sonho-vontade...
Ainda assim, é um esforço enorme e ainda fracasso mais do que sou vitoriosa.
Algumas das melhores dicas até agora sobre o assunto são sobre manter o foco e fazer escolhas , afinal o tempo é finito, como me recordou a parceira Érica nesta palestra.
Se todas as tentativas de controle no tempo de uso da tecnologia falharem, é bom considerar o recurso extremo: um jejum. Já fiz algumas vezes: simplesmente proibindo-me de usar tecnologia depois de determinada hora da noite (inclusive o smartphone). Os ganhos de tempo e energia são incríveis… Sem contar o avanço na leitura de livros.
A tecnologia é meu pastor, nada me faltará?
Muitos dos meus “gurus” de tecnologia são perdidamente apaixonados por ela. A ponto de sofrerem em admitir que sim, a tecnologia pode distrair, iludir, cansar, dispersar o foco. Sem contar a recente polêmica sobre o câncer a partir do uso prolongado do celular…
O risco desta supervalorização da tecnologia é não compreender que há um custo na complexidade do uso de algumas ferramentas; no gasto energético de estar conectado, entre telas.
Sem contar que, para algumas pessoas (como eu), chega uma hora que o raciocínio vai mais rápido no papel e caneta mesmo…
O risco desta supervalorização da tecnologia é não compreender que há um custo na complexidade do uso de algumas ferramentas; no gasto energético de estar conectado, entre telas.
Sem contar que, para algumas pessoas (como eu), chega uma hora que o raciocínio vai mais rápido no papel e caneta mesmo…
Saudades de um abraço apertado
Uso e abuso das redes sociais e e-mails na hora de manter contato com meus amigos. Só que não é suficiente. O estar junto, o calor humano, o cara a cara… Tudo isso diz coisas que nenhum vídeo no youtube ou webcam dirão. Sem contar o impacto do cheiro da pessoa, do brilho no olho. E o foco numa pessoa ou atividade só (por favor desliguem os celulares agora!).
Eu gosto de visitar São Paulo a cada três meses, mais ou menos. Nestas ocasiões, programo três refeições por dia com os amigos. É uma delícia completa. Depois, ficamos trocando pela internet… Mas sempre ansiando pelo novo encontro de carne e osso.
Este artigo AQUI, fala um pouco mais deste tema…
Eu gosto de visitar São Paulo a cada três meses, mais ou menos. Nestas ocasiões, programo três refeições por dia com os amigos. É uma delícia completa. Depois, ficamos trocando pela internet… Mas sempre ansiando pelo novo encontro de carne e osso.
Este artigo AQUI, fala um pouco mais deste tema…
Distraído, eu?
Estar presente, consigo, é um dos fatores cruciais para o autoconhecimento.
Eu já falei da força de estar imerso no silêncio, sem outras pessoas, sem telefone, e-mail, televisão.
É assustador? Pode ser. Estar sem intermediários, é um desafio enorme. Mas vale muito a pena. Vale a pena cada segundo.
Aí reside a força da meditação, do estado de “mindfulness“.
Aí reside a poesia em estar junto de alguém sem falar nada, só sentindo a presença alheia, como, por exemplo, numa caminhada pela praia em silêncio.
Sobre o impacto da tecnologia na nossa capacidade de concentração, há pontos de vista até mais extremos, propondo que nossa eterna distração nos emburrece.
De todas as maneiras, é preciso concentrar-se em si mesmo e no outro. Portanto, use a tecnologia com bom senso.
Eu já falei da força de estar imerso no silêncio, sem outras pessoas, sem telefone, e-mail, televisão.
É assustador? Pode ser. Estar sem intermediários, é um desafio enorme. Mas vale muito a pena. Vale a pena cada segundo.
Aí reside a força da meditação, do estado de “mindfulness“.
Aí reside a poesia em estar junto de alguém sem falar nada, só sentindo a presença alheia, como, por exemplo, numa caminhada pela praia em silêncio.
Sobre o impacto da tecnologia na nossa capacidade de concentração, há pontos de vista até mais extremos, propondo que nossa eterna distração nos emburrece.
De todas as maneiras, é preciso concentrar-se em si mesmo e no outro. Portanto, use a tecnologia com bom senso.
O mundo real é lá fora
Uma vez me falavam sobre a excitação de jovens com o papel do Facebook nos conflitos do Oriente Médio. E a ilusão de que o Facebook havia feito o movimento (quando na verdade apenas compartilhou a luta de pessoas reais se arriscando de verdade).
É a mesma história de quando a internet é utilizada para denunciar abusos contra os direitos humanos na China ou em qualquer outro lugar. A internet é neste caso um veículos. Quem muda realmente o mundo são as pessoas de carne osso que vão para a Praça, cometem gestos heroicos. Escrevem, dão sua cara à tapa.
A tecnologia é uma ferramenta, uma arma a mais. Mas o guerreiro ainda é aquele com sangue nas veias.
Mudar o mundo dá trabalho. Você pode até mudá-lo com palavras, mas estas deverão refletir suas atitudes como fez Gandhi ou Martin Luther King. Falar bem fica ainda mais poderoso quando o poder de disseminação não encontra mais limites. No entanto, é ali, na prática cotidiana. No peito aberto, na exposição. Aí é que se mostram os verdadeiros lutadores por um mundo melhor.
Tecnologia, neste caso (e muitos outros) é meio, não fim.
Uma vez me falavam sobre a excitação de jovens com o papel do Facebook nos conflitos do Oriente Médio. E a ilusão de que o Facebook havia feito o movimento (quando na verdade apenas compartilhou a luta de pessoas reais se arriscando de verdade).
É a mesma história de quando a internet é utilizada para denunciar abusos contra os direitos humanos na China ou em qualquer outro lugar. A internet é neste caso um veículos. Quem muda realmente o mundo são as pessoas de carne osso que vão para a Praça, cometem gestos heroicos. Escrevem, dão sua cara à tapa.
A tecnologia é uma ferramenta, uma arma a mais. Mas o guerreiro ainda é aquele com sangue nas veias.
Mudar o mundo dá trabalho. Você pode até mudá-lo com palavras, mas estas deverão refletir suas atitudes como fez Gandhi ou Martin Luther King. Falar bem fica ainda mais poderoso quando o poder de disseminação não encontra mais limites. No entanto, é ali, na prática cotidiana. No peito aberto, na exposição. Aí é que se mostram os verdadeiros lutadores por um mundo melhor.
Tecnologia, neste caso (e muitos outros) é meio, não fim.
Há coisas que não dá para emular da vida real. Fui ver uma palestra do Leonardo Boff. É uma experiência quase mística, não dá para comparar com vê-lo num podcast ou ler um livro, artigo.
Sou fã do TED. Mas quando estive num TEDx Vila Madá, no ano passado, emocionei-me em estar no mesmo ambiente de pessoas com tão belo e firme propósito. Chorei para valer. Não é igual estar junto e estar conectado via web.
A tecnologia nos ajuda a vencer as limitações físicas (quando quero falar com alguém por skype, quando quero interagir com 500 pessoas no facebook, de forma mais ou menos regular). Mas existe uma superficialidade nestes relacionamentos.
Em resumo, a tecnologia pode te servir ou te atrapalhar, dependendo do jeito com que se lida com ela.
No meu caso, ainda preciso “desconectar” mais, o que procuro fazer especialmente nos fins-de-semana.
E você, como anda sua relação com este mundo de escolhas e interfaces?