Já vivi muito do passado. Já sofri muito pelo futuro.
Hoje, vivo o hoje.
O hoje é bem estranho.
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Quanto mais tentamos segurá-lo, contê-lo, domá-lo, mais ele escapa. Virando passado assim, num estalar de dedos.
O passado é agridoce. Cheio de boas memórias que questionam se o hoje é tão bom assim. E cheio de memórias duras, nos deixando ansiosos sobre o futuro…
Mas o hoje é o possível, é o real. É um presente.
Meu presente é, no momento, novo. Novo mesmo, no sentido de estar no meio de uma nova estrada dentro de uma estrada que ainda é nova.
Olho para trás com muitas saudades. Foi preciso deixar muita coisa para trás, coisas que são um pouco boas e um pouco ruins. Coisas que não são mais, porém já foram.
Olho para frente com um pouco de medo. Medo de estar um pouco mais só, de estar arriscando mais, de ir a um nível mais profundo de experimentação e incerteza.
Então volto para o hoje. E o hoje ainda é um presente.
Uma tristeza com alegria (joyfear…). Possibilidades sem fim. Muitos pedacinhos soltos, a serem recosturados num maravilhoso e promissor patchwork. Sofrimento sim, por que não? Que ser verdadeiramente feliz requer coragem para romper com o que é costume e inércia. E porque nem tudo é tão simples que se resolva com sim e não.
Sigo meu hoje com carinho. Carinho pelas lágrimas, carinho pelas surpresas. Gratidão por tudo que eu pensei que sabia e não sei. Sobre as pessoas que sentem sentimentos que desconheço, mas aprecio.
Meu hoje é um presente.
Obrigada.