Vida enlaçada
Minha caçula termina a Educação Infantil.
A comunidade de mães organiza-se para a Formatura.
Revendo as fotos destes últimos anos, meu peito se enche de amor e gratidão.
Recapitular seu florescer recordou-me dos laços que fiz e faço neste caminho.
No começo, são as reuniões de pais, meio desajeitadas.
As primeiras festinhas, a espera coletiva do lado de fora da sala.
Aos poucos, conhecemos um pouco mais as alegrias e dramas de cada um.
Descobrimos os pontos comuns e quando percebemos, já estamos rindo juntos daquele dia difícil.
Amizade se faz assim, aos passos miúdos.
Um sorriso, um abraço, um elogio.
Dia após dia, torna-se caudaloso.
Um rio de amor e reconhecimento mútuo.
Nesta minha vida um pouco cigana, tantas vezes precisei recorrer a um pouso de emergência na rotina dos filhos.
Nunca me faltou uma pista para o teco-teco pousar.
Esta semana, onde relembro minha caminhada como mãe de Olivia, honro estes laços que cultivei.
Aqui e em outras praias, são os laços que me sustentam, me aquecem, me consolam e me divertem.
Há dias nublados, todos nós sabemos.
Mas há este guarda-chuva amplo, bem amplo do amor compartilhado.
Este que não é trivial, mas sim cotidiano.
Amor-gratidão das pequenas coisas. Semente de uma vida plena de memórias felizes.