Mais de um ano se passou e avancei muito com o Viver Mais Simples. Os desafios ainda são enormes, novos, assustadores. Mas já estou mais certa da caminhada, com planos frutificando.
Começo hoje um balanço. Pequeno e sem a pretensão de ser definitivo, afinal a ideia é permanecer em movimento. Mas o que aprendi até agora tem me valido muito.
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Portanto hoje escolhi compartilhar 14 reflexões sobre esta caminhada, uma para cada mês do blog…
1) Começar é difícil. Mas não devemos subestimar a coragem necessária para continuar. É preciso muita.
2) Errei muito. Minha única saída para não desistir é aprender com estes erros.
3) Inspirar os outros é inebriante e prazeroso, mas também é uma imensa responsabilidade.
4) Rótulos dão segurança aos outros. Coach, pesquisa, planejamento estratégico, auto-ajuda. Eu faço tudo isso e nada disso. Prefiro me definir como organizadora de ideias, mas não é suficiente para a maioria das pessoas. Paciência…
5) Nossos filhos se esquecem rapidamente de nossa antiga rotina enlouquecida. E cobram mais presença como se você sempre estivesse estado ali…
6) Trabalhar de casa é complicado. Ainda estou experimentando opções para que dê certo.
7) A quantidade de ideias se multiplicou. A velocidade para realizá-las, não. Esforço danado para focar em poucas de cada vez e andar com elas.
8) Nosso antigo eu nunca nos abandona. Estão aí os quilinhos querendo voltar, o jeito briguento, a mania de tarefas. Eu luto, mas eles estão aí. Vou continuar lutando. E eles vão continuar aí.
9) O casamento é violentamente chacoalhado com uma mudança como esta. Se sobrevive ao tsunami, o casal vai para outro patamar de cumplicidade. Eu e Lucrécio estamos vencendo esta batalha, mas é preciso muita vontade e amor.
10) É preciso avaliar constantemente o que devemos preservar de nossa antiga vida e o que devemos esquecer. Os amigos, com certeza ficam. A complexidade, grandiosidade e luxo: nem pensar.
11) Tudo isso é muito glamuroso e romântico, mas ainda não estou fechando a conta. Eu tenho minhas reservas, mas ainda dá um medo danado de “quebrar”.
12) É impossível descrever o salto espiritual que esta mudança de vida provoca. Nunca fui tão grata como hoje. Nunca quis tanto servir ao outro quanto hoje.
13) É duro aceitar que outras pessoas não podem ou não querem fazer mudanças para melhorar suas vidas. Tenho sofrido muito com isso e buscado ter compaixão e aceitar, para não ser cruel com quem tem dificuldade em mudar.
14) Buscar ser feliz vale completamente a pena. Vale o risco, o medo, a insegurança. Eu nunca fui tão inteira.
Para fechar, uma provocação/pergunta: Este blog cada vez se encaminha mais para a discussão sobre a escolha do caminho próprio, do ouvir a própria vocação, buscar um jeito diferente de viver. Sem dúvida, não lutar contra si mesmo é mais simples. Mas já estamos bem além da discussão sobre a simplicidade, não é amigos?
Mas gosto do nome e não vou mudar… Concordam?