Difícil dizer.
Tenho um pouco do sentimento de “enxergo longe porque estou sobre o ombro de gigantes”. Eles sendo os gigantes, deixemos logo claro…
O caminho de meu pai e minha mãe certamente me ensinou muito. Poupou muito tropeço.
Tive privilégios que eles não tiveram. Ter pai, o que minha mãe deixou de ter com nove anos. Não ter que sair de casa para estudar, coisa que meu pai fez com doze anos.
Tive mais conforto material também. Quiçá mais informação, liberdade.
Mas acredito que meus pais fizeram o melhor com o que tinham e que eu apenas faço o mesmo.
Peguei um avião pela primeira vez com cinco anos. Meus pais, muito mais tarde. Mas meus filhos, ainda mais cedo…
Tudo relativo e difícil de saber se terá/teve papel decisivo na vida de cada um.
O importante? Valores, aprendizados e o incentivo que eles me deram para prosseguir, cada um de seu jeito… Isto trago desde sempre.
No final, é provável que minha vida seja tão somente minha vida, nem mais fácil nem mais difícil do que a vida de ninguém.
Meu caminho tem suas próprias pedras, seus próprios buracos. Tive algumas mordomias a mais? Talvez. Tive algumas vantagens a menos? Talvez.
Não importa. Sou feliz com minha história. E grata pela história de meus pais.
No final, tudo se soma num caminho entrelaçado.
Este é um post da série “6 Bilhões de Outros”, inspirada neste projeto aqui.
Mais detalhes do projeto neste post.